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Vinte anos após ter iniciado sua incursão no campo das artes plásticas, em 1982 Aldir tem o primeiro livro publicado tratando sobre sua obra. O projeto, teve a autoria do crítico Alberto Beutenmüller e apoio da Galeria Arte Aplicada e do Museu de Arte Brasileira – Fundação Armando Alvares Penteado.

O livro trata as características da obra de Aldir em suas duas primeiras décadas, trazendo considerações de Alberto Beutenmüller, que disserta as composições do artista ao retratar o campo, a cidade e o confronto das duas paisagens geometrizadas por Aldir. Além de Beutenmüller, diversos fragmentos críticos publicados ao longo das duas décadas de atuação de Aldir foram inseridos na obra, permitindo ao leitor uma análise mais abrangente das propostas transmitidas por Aldir ao longo desses anos. Dentre os críticos que assinam tais fragmentos podemos destacar Paulo Mendes de Almeida, Mário Schemberg, Roberto Pontual, Olívio Tavares Araújo, Frederico Morais, Ivo Zanini, Radha Abramo, Jacob Klintowitz, Lisetta Levi e Mark Berkovitz. Muitos destas críticas podem ser conferidas no site, bastando para isso acessar o link “críticas”, contido na página inicial.

O livro Aldir – Geometria da Cor recebeu ainda o “PRÊMIO DE ARTES GRÁFICAS DE 1982”, conferido pela Associação Paulista de Críticos de Arte.

Talvez seja este o projeto mais ousado de Aldir em sua carreira, o livro Críticos x Artistas é sem dúvida referência até hoje por trazer proposta singular e inovadora, mesmo tendo se passado 20 anos desde sua idealização. A proposta, apresentada por Aldir foi abraçada pelo crítico Alberto Beuttenmüller. Este relacionou 20 críticos de arte de expressão na época, enviando a eles um questionário com 28 perguntas a serem respondidas, sendo que juntamente com as respostas deveriam indicar um artista de sua preferência. Ao artista indicado pelo crítico, também foi enviado relação com 19 perguntas. Cada um dos participantes do projeto teve seu retrato feito por Aldir, e publicado no livro. Posteriormente todos os retratos foram adquiridos pelo Museu de Arte Brasileira da FAAP.

Assim, formou-se o grupo de 20 críticos e 20 artistas que responderiam as questões propostas por Beuttenmüller. Tais questões tratavam de assuntos polêmicos, em geral de conhecimento de todos que trabalham no mercado de artes porém evitados. Exatamente por este motivo, muitos dos críticos e artistas participantes do projeto se abstiveram de responder as perguntas. Alguns enviaram seus currículos com trajetória artística, outros simplesmente nada enviaram, tendo seus espaços publicados em branco. Ainda assim o projeto tornou-se interessante pois mesmo estes atos de indiferença denotam uma mensagem a ser interpretada pelo leitor: Porque não responderam as questões propostas? Dentre os que aderiram a proposta, foram colhidas preciosidades, depoimentos que muito nos ajudam a entender o mercado de arte brasileiro, contado por seu principais agentes.
O livro teve seu lançamento em exposição dos retratos para ele pintados por Aldir, exposição esta realizada no Museu de Arte Brasileira da FAAP.

No ano de 1989 o crítico Alberto Beutenmüller idealizou um projeto que desenvolvera há alguns anos, contanto para isso com o apoio do GRUPO IOB, que viabilizou a publicação do livro.

Há tempos Beutenmüller notara a ausência de estudos comparativos na arte brasileira. Como principal aspecto motivador desta lacuna o crítico aponta a vaidade dos artistas, que via de regra optam por publicar monografias. Beutenmüller propõe nesta publicação uma profunda análise das obras dos três artistas pertencentes a diferentes gerações destacando os aspectos em comum entre eles.

O autor aponta o emprego de geometrias emotivas, o uso do espaço/ cor/ linha e a disposição construtiva como principais aspectos nos trabalhos analisados. Destaca ainda a trajetória do três artistas partindo da figuração e, após sínteses formais, chegando em geometrias. Estas, por sua vez, são vistas pelo crítico como mero suporte para que Volpi, Ianelli e Aldir desenvolvam o cromatismo emocional que os caracterizam como grandes coloristas.

A década de 1990 começou de forma muito especial para Aldir. No início dela o artista, por intermédio do curador italiano Salvatore Cinque, teve a oportunidade de levar seu trabalho à Itália, bem como lançar o livro Geometrie Parlanti (Geometria Falante), que foi editado e publicado em Salerno, Itália. Neste mesmo período, que se estendeu até a primeira metade da década, Aldir teve oportunidade de expor em diversas cidades da Itália: Galeria Napoli, Salerno, San Savero e Avelino. Outros artistas brasileiros acompanharam Aldir e também tiveram suas obras expostas neste mesmo período: Sacilotto, Ianelli e Barsotti.

O livro traz a participação muito especial de Haroldo de Campos, poeta de destaque no movimento concretista que, especialmente para esta publicação, escreveu uma poesia inspirado pela obra de Aldir. Além de Haroldo de Campos, assinam os textos críticos Mario Trufelli, Massimo Bignardi, Vitaliano Corbi, Riccardo Notte e Domenico Guzzi.

 
Clique aqui para acessar poesia de Haroldo de Campos sobre a obra de Aldir Mendes, publicada neste livro.

O livro Obsessão pela Cor, faz parte da comemoração dos 40 anos de carreira artística de Aldir, celebrados em 2003. Trata-se de uma seleção de obras que marcaram sua evolução artística, bem como registros fotográficos dos momentos mais marcantes em sua produção.

Com prefácio escrito por Edla Van Steen e textos críticos de Olívio Tavares de Araújo e Frederico Moraes, o livro permite a leitura e compreensão das motivações de Aldir ao produzir sua arte, e os resultados obtidos nos 40 anos de inquietação, persistência e virtuosismo na produção artística.

O livro foi lançado nas duas exposições simultâneas que aconteceram celebrando a data, uma na Galeria Aplicada e outra no Masp-Centro.

Em 1997 Aldir teve a satisfação de, mais uma vez, desenvolver projeto ao lado um grupo de grandes artistas nacionais. A exemplo da publicação Volpi – Ianelli – Aldir / 3 Coloristas, neste novo projeto foi incluído na análise da escritora Edla Van Steen o escultor Franz Weissmann, no projeto POETAS DO ESPAÇO E DA COR.

A exemplo do projeto anterior, Poetas do Espaço e da Cor traz um paralelo das obras dos artistas buscando contextualizá-las no cenário das artes, principalmente a brasileira. A curadoria ficou sob responsabilidade de Sabina de Libman, que frente a sua galeria de arte, a Arte Aplicada, responderam também pela organização. Este só foi possível com a obtenção do patrocínio da UNISYS, respaldado pelas leis de incentivo à cultura.

O lançamento do livro foi coroado com exposição coletiva dos artistas realizada no MASP (Paulista), em 1997.