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O vídeo, produzido pelo crítico Olívio Tavares de Araújo, traz uma profunda análise da trajetória de Aldir, buscando pesquisar seus temas (na época o campo e a cidade, traduzidos em geometrias) e revelar as imagens urbanas e campestres fonte de inspiração de Aldir. Além disso, mostra o artista em seu atelier, produzindo sua obra, sendo interessante ao espectador acompanhar a técnica implementada pelo artista para obter o resultado exposto em tela.

A análise conta ainda com depoimentos exclusivos de destacados personagens do mercado de arte, como os artistas plásticos Ianelli, Glauco Moraes Pinto e Fiaminghi, críticos de arte, como Jacob Klintowitz além do próprio Olívio, galeristas como Montesanti e Peter Kohn e da escritora Edla Van Steen, dentre outros., além de entrevistas com Aldir.

O vídeo é uma extensão do projeto do livro publicado no mesmo ano. Traz cada um dos artistas em seus ateliês, (inclusive Volpi, embora as imagens dele utilizadas não tenham sido captadas para uso exclusivo deste vídeo, mas sim resgatadas de arquivo, já que o artista já havia falecido quando este foi produzido). Sobre cada um deles são traçadas análises relevando técnicas, influências e motivações em suas produções artísticas.

Produzido em 2001, trata-se de um documentário comemorativo aos 40 anos de trajetória artística de Aldir.
O vídeo, sob coordenação do próprio artista, traz a exposição Pinturas para Pisar, realizada no MASP-CENTRO. Nesta mostra, Aldir exibiu conjuntos de quatro obras que, somadas lado a lado formavam uma composição pictórica (quartetos) e composições de duas obras igualmente somadas em composição pictórica (duetos). Alguns desses conjuntos, feitos sobre madeira e revestidos com plástico transparente, foram dispostos no chão para que os visitantes pudessem caminhar sobre as obras, tendo uma visão de sobrevôo pelas paisagens de Aldir.

Durante a exposição houve ainda apresentações performáticas, com coreografias executadas por Ana Lívia Cordeiro e Gicia Amorin, que dançaram sobre as pinturas, ao som de poemas de Augusto e Haroldo de Campos e Décio Pignatari, musicados por Cid Campos. Imagens desta exposição e performance podem ser conferidas em exposições/fotos.

Produzido originalmente com o intuito de registrar a exposição Cores do Buraco Negro, que o artista realizara em 2006 no Centro Brasileiro Britânico, o vídeo teve mudança de rumos durante o processo de edição, período em que o artista foi diagnosticado portador de uma grave leucemia.

Com o novo cenário, além da exposição realizada em 2006, o artista registrou também sua nova etapa de trabalho, que infelizmente não conseguiu concluir, pois mudou radicalmente sua proposta pictórica devido a limitações motoras impostas pela doença, além do abandono da tinta óleo por conta de recomendações médicas.